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    Tadalafila: saiba riscos do uso do estimulante sexual como pré-treino

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    A tadalafila, medicamento comumente prescrito para tratar disfunção erétil, tem ganhado popularidade entre frequentadores de academias em busca de melhor desempenho físico.

    No entanto, especialistas alertam que o uso sem prescrição médica não traz benefícios aos treinos e pode ter graves consequências  à saúde. A utilização com fins esportivos pode levar a complicações cardiovasculares e dependência psicológica.

    Em janeiro de 2024, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) alertou quanto aos riscos do uso indiscriminado da substância sem prescrição médica.

    “O uso indiscriminado da tadalafila pode causar reações adversas e perigosas interações com outros medicamentos. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem dor de cabeça, indigestão, dor nas costas, rubor facial, congestão nasal e dores musculares. Em casos raros, pode causar alterações na visão, na audição ou nos batimentos cardíacos”, explicou a instituição.

    “Nenhum benefício”

    O remédio age como um vasodilatador. Ele foi desenvolvido para o tratamento de condições como a disfunção sexual, hipertensão arterial pulmonar e também do crescimento benigno da próstata.

    “A tadalafila não é um suplemento para a prática esportiva. Não há qualquer comprovação científica desse benefício. Além disso, o uso sem orientação médica pode desencadear efeitos colaterais graves, como tonturas e problemas cardíacos”, alerta o urologista Tiago Mierzwa.

    Em entrevista anterior ao Metrópoles, o nutricionista esportivo Isaac Nunes complementou: “O impacto na vascularização do corpo é mínimo. O remédio foi feito para uma função específica, não para melhorar o rendimento na academia”.

    Riscos à saúde sexual do uso da tadalafila

    A utilização contínua do remédio pode até mesmo dificultar que o corpo produza ereções naturais nos meses seguintes à interrupção do uso. Isso ocorre em muitos usuários por dependência psicológica aos mecanismos facilitiados de ereção que são dados pelo remédio.

    O uso recreativo do medicamento pode resultar também em efeitos colaterais graves, como ereções prolongadas e dolorosas, além de danos permanentes ao pênis em casos extremos.

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    MC Binn Laden

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    MC Binn Laden

    Reprodução/Instagram

    Outras complicações associadas

    Dados de 2021, publicados na Revista JRG de Estudos Acadêmicos, mostram que 51% dos usuários de tadalafila com menos de 30 anos não sofrem de disfunção erétil e buscam apenas melhorar a disposição na academia.

    Um estudo publicado no Brazilian Journal of Development, em 2022, reforça que a automedicação com vasodilatadores como a tadalafila coloca em risco a integridade fisiológica do organismo. A pesquisa destaca que o uso sem supervisão pode levar a efeitos danosos à saúde, especialmente quando associado à atividade física.

    O pesquisador em farmacologia Thiago de Melo explica que a tadalafila potencializa a ação do óxido nítrico, promovendo vasodilatação. “Essa ação atrai atletas, mas o efeito principal não é nos músculos, e sim nos corpos cavernosos do pênis. O fascínio pelo corpo perfeito não deve obscurecer os riscos associados ao uso indiscriminado de substâncias perigosas como a tadalafila”, esclarece.

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