Até o momento, o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas segue sem maiores intercorrências. Contudo, o estado de saúde e a aparência física dos reféns israelenses e presos palestinos têm se tornado um ponto de embate entre os dois lados, que concordaram em suspender temporariamente a guerra na Faixa de Gaza.
Cessar-fogo
- A primeira das três fases do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas inclui a troca de reféns israelenses por presos palestinos.
- Segundo os termos iniciais, 33 reféns mantidos em Gaza pelo Hamas serão soltos neste estágio do cessar-fogo. Em troca, Israel deve libertar cerca de mil presos palestinos.
- Até o momento, 16 reféns israelenses já foram soltos de Gaza e retornaram à Israel. Cerca de 600 palestinos também foram libertados.
Neste sábado, mais três reféns israelenses mantidos em Gaza foram libertados pelo Hamas. Já o número de presos palestinos soltos no 21º dia do cessar-fogo foi de 183.
Logo após deixarem o enclave palestino, os três cativos foram vistos com um semblante abatido, e visivelmente mais magros dede quando foram sequestrados pelo Hamas, em outubro de 2023. Para o governo de Benjamin Netanyahu, as imagens são “chocantes”.
“As imagens chocantes que vimos hoje não passarão despercebidas”, disse o gabinete do premiê de Israel em uma nota.
A mesma reclamação também partiu do grupo palestino, que classificou o estado dos palestinos soltos como uma imagem da “trágica situação” que os prisioneiros enfrentam em centros de detenções de Israel.
“O mundo de hoje está testemunhando a enorme diferença entre o tratamento humano e moral da resistência em relação aos prisioneiros da ocupação, versus o tratamento opressivo e brutal de nossos prisioneiros pela ocupação”, disse o Hamas em uma nota.
De acordo com o grupo, sete dos 183 palestinos presos precisaram ir imediatamento para hospitais da Faixa de Gaza após retornarem ao território da Palestina.