Cálculo é feito para municiar as discussões com o governo do Estado sobre a privatização da empresa de saneamento básico
A prefeitura de São Paulo calcula dever cerca de R$ 2,5 bilhões em precatórios para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). O montante torna a empresa estadual a maior credora da capital paulista. As informações são da Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal, o cálculo da dívida foi feito para que Estado e município tratem as pendências entre ambas as partes e o processo de privatização da empresa avance. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) discutem as condições do pagamento dos precatórios e como o valor pode afetar a desestatização.
Tarcísio enviou o projeto de lei de privatização da Sabesp à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) em 17 de outubro. O governo estadual busca a aprovação da proposta antes do final do ano.
O governador disse, na época, que o Estado continuará com a maior porcentagem de ações da Sabesp mesmo depois de sua desestatização.
“A gente não está falando de uma saída total, de uma venda total, está falando de uma diluição, de uma operação de ‘follow-on’ onde a gente permanece sendo um dos principais acionistas”, afirmou a jornalistas. Pelo texto do projeto, o Governo de São Paulo terá uma “golden share”, parcela de prioridade que permite veto de mudanças no nome da companhia, na sede, no objeto social e no limite do exercício de voto por acionistas.
Sobre a votação, o governador disse estar “otimista”, porque “está construindo tudo dentro da legislação”. Para ele, eventuais judicializações vão “carecer de amparo jurídico” e “não devem prosperar”.
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